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HELLO|SOBREVIVER OU VIVER NO MUNDO?

Onde um like vale mais que mil palavras


Creio que sempre tenha existido aquela coisa de adolescente descolados, briga por status e toda essas mesquinharias que exaltavam o ego dos "populares". Desde quando Raul Seixas, por exemplo, ainda frequentava a escola, o que naquela época ele nem devia ser tão conhecido assim, devia existir. Mas talvez o que apontava a popularidade de alguém fosse a beleza, a inteligência, o bom papo, a quantidade de pessoas que sentiam necessidade de estar ao seu redor ou quantos convites você recebeu para ir ao baile de formatura no fim do ano.
     Bem diferente do que temos agora, em que as pessoas imploram por curtidas em suas redes sociais. Já que nessa era de "match", "like" e "retweet", o que mais é levado em consideração é quantas combinações você tem no Tinder, quantos likes você conquistou em uma foto no Facebook ou quantos retweets você recebeu em um post no Twitter. A palavra chave pode até ser modificada, pela diversidade de aplicativos e redes, mas a intencionalidade é a mesma: apenas números. Números que podem te levar ao ápice da popularidade à ser tachado de "sem amigos". Números que não passam de perfis de pessoas que você nem sempre conhece, pessoas que só tenha te visto uma vez na vida, ou nunca tenha te visto ou nem sequer seja uma pessoa de verdade.
      A internet talvez tenha instigado ainda mais o instinto fútil nas pessoas. Que agora vivem em prol de uma vida virtual. Que não saem apenas com o propósito de se divertir, mas que saem já pensando nas fotos a serem tiradas, para mostrar aos "amigos" do Facebook e Instagram, o quanto você anda curtindo e aproveitando a vida. E isso não é um mau que tenha atingido apenas eu, você e seus colegas de 15 a 23 anos, isso inclui minha mãe, seu pais e até avós de alguns, que se envolveram na geração tecnológica e passam horas em smartphones perdendo tempo com publicações aleatórias, sem nenhum valor especifico. Que se importam (de verdade) com os comentários falsos do tipo: "linda"; e se sentem superiores, por conta deles.
        Em tempos de "match", "like" e "retweet", ninguém mais tem tempo pra uma boa conversa em um barzinho, nem pra um passeio de bicicleta no parque ou uma roda de música com os amigos reais, a não ser que isso gere uma selfie.

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