O amor não está na minha lista de assuntos preferidos, as poucas vezes que falei sobre, foi algo bem superficial, o clichê de sempre, abordando o lado obscuro que envolve essa nova geração do desapego, bastante enfatizado anteriormente.
Não me iludo com essa história de "amor verdadeiro", "paixão eterna" e essas juras ilusórias. Acredito sim que exista o amor e ele pode ser construído com o tempo. Até porque quem nunca conheceu casais, que hoje idosos, completam 40, 50, 60 anos de casados? Que convenhamos, são muitos anos juntos, que não envolve apenas amor, mas companheirismo, sinceridade, fidelidade, compaixão, paciência e tantos outros critérios necessários para se manter uma relação saudável.
Claro que "quando não é pra ser, não vai ser", tem pessoas que não dão certo nem com "reza brava", como diz aquela expressão antiga. Mas na vida nada custa tentar, se esforçando, cedendo um pouquinho aqui, recebendo ali, ajeitando lá; tudo se encaixa. Até a metade da laranja, pode encontrar seu par, na metade do limão, se houver respeito, vontade e dedicação de ambas as partes. Não tem essa de amor a primeira vista, isso fica pra esses livros e filmes de romance adolescente, no primeiro contato o máximo que pode haver é um encanto, uma atração física, nada além disso. Sejamos realistas. Amor mesmo, quando chega a existir, é com o tempo, em qualquer tipo de relacionamento. Mesmo nas amizades, por maior que seja a afinidade e a confiança, o sentimento precisa ser cultivado dia após dia, para que o "eu te amo", que não passava de três palavras programas para ser ditas, possa ser sentida. O que muitas vezes não acontece.
Pois os seres humanos nem sempre estão dispostos a mudar por alguém, quase sempre ligam o amor a um futuro sofrimento e por isso temem. Nem sempre estão dispostos a serem sinceros, carinhosos e atenciosos. Nem sempre são maduros para lidar com o defeito do próximo. Simplesmente desistem quando as coisas começam a ficar um pouco mais difíceis.
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