Passamos trezentos e
cinquenta e oito dias do ano esperando primeiramente pelo Natal e
posteriormente pelo Ano Novo, duas datas comemorativas essenciais no calendário
de qualquer pessoa. Claro que tem todo o texto religioso que o Natal não é só
uma data para se trocar presentes e se iludir com a chegada do bom velhinho.
Mas desde que se lançamos ao mundo, os comerciais, os outdoors, os panfletos,
as atividades da escola, as conversas entre a família, tudo nos indica que o
Natal é uma data e tanto.
Até nossos cinco ou
seis anos, que é quando nós ainda acreditamos, a maioria de nossos pais faz nos
comportamos o ano todo, mediante a seguinte frase "o Papai Noel está vendo
se você está sendo uma boa criança", o Papai Noel era uma figura que ganhava
o coração de qualquer um, ele jogava bala na rua, tirava foto com as crianças e
de quebra ainda trazia um presentão para a maioria delas. Isso era tudo que nos
ensinava sobre o velhinho, barrigudo e de barba branca.
Com o tempo, esse
clima natalino vai perdendo a magia que tinha na nossa infância, a gente se
decepciona quando descobre que esse coisa do cara bonzinho que se veste de
vermelho e entrega presente pra todo mundo, é tudo balela, são só nossos pais
que querem nos fazer sermos crianças sossegadas, sem dar trabalho durante o
ano, e nos recompensa com um presente no dia vinte e cinco de dezembro, só
isso.
A gente começa a
perceber que essa época, tem um pouco de tristeza. Que o que era pra ser uma
data especial, se tornou estratégia para o consumismo dos comerciantes, afinal
quem fica de fora dessa troca intensa de presentes? Se contar as comidas, são
tradições de anos, prepara ceia, não pode esquecer do chester, pede pra uma
tia fazer o salpicão e no fim tem um trilhão de pratos diferentes expostos numa
mesa enorme com parentes que mal se falam o ano inteiro, mas se reúnem nesse
dia para manter a pose de família legal e feliz.
Monta árvore de Natal,
coloca pisca-pisca, compra roupa nova para ficar na sala batendo um papo sem
graça enquanto a TV fica ligada passando o especial do Roberto Carlos, quando
dá meia noite do dia vinte e cinco, todos se esbaldam de comer e pronto, lá se
foi mais uma data. Espera o ano novo para desmontar a árvore e espera mais
trezentos e cinquenta e oito dias pela mesma coisa.
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