Sempre me falaram que
desistir no primeiro obstáculo é para os fracos, que os valentes vão até o fim.
Mas tem coisa que é nítido que não tem lá um grande futuro. Que é como tiro no
escuro, no fim eu posso acabar me dando mal. Tem coisa que é como diz aquela
música, se eu soubesse que não iria dar certo: "eu teria abaixado a
cabeça, andado mais rápido, virado de lado, só para não acontecer".
Tem coisa que já vem
escrito na etiqueta que é melhor nem se aproximar que o prazo de validade é tão
curto, que não vale a pena. E tudo tem prazo de validade. A vida. A comida.
Aquela bolsa caríssima da Vogue que você comprou semana passada. Aquela hidratação
que você fez no cabelo. A faculdade. Os amigos. O amor. Simplesmente tudo.
Mas tem coisas, bem
específicas que não valem o tempo perdido, o dinheiro gasto, o amor dado. Meus
amigos até se indignam quando eu digo que assisti inúmeros filmes pela metade,
mas sabe como é né, a capa até podia ser interessante, os atores bonitinhos, e
o roteirista era aqueles super consagrados em Hollywood, mas o gênero não era
lá muito o que eu gostava, e a gente ainda insiste em assistir, com a ideia de
que até pode gostar, mas depois de um tempo, a gente vê que não vale a pena
esperar mais vinte minutos, sendo que os outros quarenta e cinco foram
decepcionantes. É melhor deixar pra lá.
É assim em vários
outras aspectos da vida, tem coisa que a gente insiste uma, insiste duas, até
três ou quatro vezes, acreditando que pode dar certo, empurrando com a barriga,
engolindo sapos, só para "ter" aquilo, só para "viver" aquilo,
mas as vezes é só melhor deixar pra lá.
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