Parei para refletir. A modinha dos
últimos dias é a seguinte "curta essa publicação, que você receberá uma
pergunta por inbox, marque a pessoa da resposta nos comentários e deixe-a
curiosa". Isso não é uma crítica, eu participei, o João participou, a
Maria, a Fernanda e a Helena também. Todo mundo participa. E não é errado, só
não tem uma finalidade específica. E a gente perde horas nisso. Em algo que não
agrega em absolutamente nada.
Todo dia o Facebook fornece aqueles games, “descubra sua alma gêmea", "onde e com quem
você estará no próximo ano". Pelo amor de Deus. O Facebook nem te conhece,
o que ele sabe é o que você fornece para ele e muitas vezes muita coisa que as
pessoas colocam em seus perfis nem são verdades. Como alguém em meio a milhares
de amigos que você possui, encontra minha alma gêmea? Mas a gente compartilha e
se iludi com essas coisas bobas. Certamente porque temos tempo.
A gente prefere muito mais ficarem horas e horas nessas
baboseiras do que acompanhar uma reportagem inteira do Fantástico e olha que o
Fantástico tem muita audiência.
Fora esses ainda têm aqueles quiz do Facebook que
vira e mexe sua timeline inteira fica compartilhando e o dedo coça pra não
fazer também. "Responda as perguntas e descubra se seus amigos te conhecem".
A maioria dos meus amigos por exemplo não sabem que horas eu acordo todo dia,
se eu durmo com a janela aberta ou fechada, quantas vezes eu escovo os dentes
ou se eu durmo de pijama. Mas a gente insiste em fazer e compartilhar para que
todo mundo conheça meus costumes. Sem perceber a grande exposição que estou me
causando. Sem perceber que sem exceções, qualquer pessoa do outro lado do mundo
que entrar no meu perfil, sem nem me conhecer pessoalmente, vai saber tanto
sobre mim, quanto meus amigos.
Mas tudo isso porque não temos noção de perigo.
Porque de tanta coisa conflituosa da vida, a gente prefere se entreter com
bobeiras. Por que no final das contas, a gente gosta de perder tempo. Mesmo sem
nem ter todo esse tempo para perder.
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