Médicos de Cuba, a banda curitibana, está
nesse mundo do rock desde 2013. A banda composta por Wagner no vocal, Saulo no
baixo, Vinicius Windmoller na guitarra e Vinicius Hasselman na bateria. A banda
que era regional, foi crescendo e já passou por diversos outros estados. As
suas visualizações crescem a cada dia mais, tendo mais de cinco mil likes em
sua página do Facebook. A banda com suas letras originais e com um humor e
ironia, andam conquistando o público. Ambos que moravam em Araucária, uma
cidade do Paraná, perto de Curitiba, montaram a banda apenas com o intuito de
participar de um concurso. Mas hoje já possuem um EP e dois CD's, após a
formação da banda eles já lançaram o "Distúrbio", o primeiro EP da banda.
Um ano após em meados de 2014 e 2015, lançou o primeiro CD o “Recém Casados",
ambos contêm músicas que retratam o psicológico do ser humano. E agora em junho
de 2016 foi lançado o novo CD chamado "Médicos de Cuba", o próprio
nome da banda.
Em entrevista com Vinicius Hasselman, o baterista, e o Wagner, o vocalista, eles podem nos apresentar melhor a banda, o porque do nome, algumas letras das músicas, o crescimento da banda, clips, e a toda a carreira da banda.
P: Primeiramente, o nome da banda é
realmente algo bem inusitado, inclusive já vi pessoas confundindo e achando
realmente que a página de vocês no Facebook era dos Médicos de Cuba, como é
isso, tem muita brincadeira dos fãs e de pessoas que não conhecem a banda por
conta do nome? E por que esse nome?
VINICIUS HASSELMAN: Sim, acontece bastante!
isso é muito engraçado, porque às vezes a galera entra na pira do cara e começa
a receitar remédios, acho que tem muita gente que se depara com o nosso
facebook ou o twitter, e passa batido, depois ela começa a ver mais e mais, até
descobrir que é uma banda de rock... já vimos muitos tweets do tipo
"Caralho, tem uma banda chamada Médicos de Cuba", e outras pessoas
dizendo que esse é o nome "mais foda do mundo" hahaha... O nome veio
porque inicialmente montamos a banda pra participar de um concurso que rolava
em Araucária, e estávamos sem nome (obviamente) e o Wind
(guitarrista) estava assistindo o jornal, e estava tendo toda
aquela repercussão dos médicos cubanos, e pensamos que o nome viria a
calhar, pois se alguém fosse pesquisar sobre na internet, acabaria achando a
gente, mas o nome serviu como uma luva na identidade da banda e decidimos
manter...
P: Vocês
fazem parte dessa nova geração do rock, o que vocês acham que essa nova geração
do rock mudou do rock nacional mais antigo?
VINICIUS HASSELMAN: Essa é uma pergunta
delicada! hahaha, o rock aqui no Brasil não vem sendo expressivo à muito tempo,
com todo o respeito ao pessoal das antigas, mas o rock BR vem passando por um
processo de renovação, e essa renovação é necessária! Hoje em dia pro bem e pro
mal as mídia sociais e a tecnologia que temos em mãos hoje possibilitam
que as bandas produzam e divulguem todo o material (músicas, clipes,
merchandising, eventos) sem necessidade de uma grande mídia como era
antigamente. E acredito que essa geração do rock que está vindo de 2012 pra cá
tem tudo pra ser uma das melhores de todos os tempos.
P: A
música de vocês tem letras bem controversas, como por exemplo, em Não deixe
acabar a Gasolina e Distúrbio. E outras nem tanto como em Mais um dia, que
mensagem vocês tentaram passar nessas letras? E quem costuma escrever a maioria
das letras de vocês?
VINICIUS HASSELMAN: As letras costumam passar
mensagens controversas sobre eventos que acontecem por aí, embora indesejável,
assassinato, usa de drogas, e crimes passionais ocorrem, e, portanto as letras
visam retratar talvez um pedaço da mente das pessoas que passam por estas
situações, quem faz as letras é o próprio vocalista, o Wagner, mas às vezes a
gente ajuda com um verso ou palavra que soe melhor. Não tem muita mensagem ou
moral no conteúdo das letras, meramente são histórias.
P: Além
do nome diferenciado, o nome das músicas de vocês também tem certo diferencial
como Pastel, Panetone, Eu te matei para não me matar, essa última que tem um
fundo “romântico”, vocês acreditam que nomes criativos como esse atraia ainda
mais o público parar para escutar a música?
VINICIUS HASSELMAN: Sim, é um dos fatores
levados em conta, como é que isso vai soar não só na cabeça das pessoas, mas
numa multidão de outros recursos, então quando você coloca o nome da música no
verso de um CD, parece atraente? Faz parte do que pensamos, mas não tem muito
critério, se o nome soa bem, a gente coloca e não fica pensando muito à
respeito.
P: Vocês
são uma banda recente, se formaram em 2013, vocês já se conheciam? E como
decidiram montar a banda?
VINICIUS HASSELMAN: Sim, eu, o wind
(guitarrista) e o canário (nosso ex-baixista) tocávamos no colégio
sem pretensão com um outro amigo nosso, só pra brincar mesmo, até que
fomos em um show da antiga banda do nosso vocalista (wagner) e convidei ele pra
cantar na banda pra participarmos de um concurso que acabou nem acontecendo na
cidade, o concurso passou mas as composições ficaram, e decidimos levar pra
frente.
P: Qual
a música que vocês acreditam que sejam unanimamente a melhor música perante aos
seus fãs, aquela que todo mundo canta e se empolga com ela nos shows? E qual
música vocês não acreditavam muito que teria tanta visualização, mas que no fim
foi sucesso?
VINICIUS HASSELMAN: As músicas que a galera mais
canta são Pastel, a Mais um dia, e a Eu te matei pra não me matar, essa ultima
é a música que a gente não imaginava que ia ter tanta repercussão mas a galera
se empolga com a música.
P: A
música “arquiteto” também do último CD, já possui um clip, como foi a produção
do clip? Quem teve a ideia e o que vocês queriam transmitir?
WAGNER: (resposta por áudio)
P: Vocês
acreditam que mesmo nesse curto tempo de estrada, vocês amadureceram nas
letras, no modo de tocar, de cantar?
VINICIUS HASSELMAN: Sim, a gente teve a sorte
de conseguir tocar pra bastante fora da nossa cidade em pouco tempo de banda,
muitas bandas não tem essa sorte, amadurecemos tanto na presença de palco, na
qualidade técnica, e também na veia empreendedora, pois tocar é só 20% do
processo de ter uma banda, você tem que gerenciar sua carreira sozinha, essa
troca de experiências com intercâmbios e shows com bandas mais experientes
agregou muito pra nós!
P: Vocês
tem ai cerca de três anos de carreira praticamente, e já tocaram e tocam com
outras bandas como Tópaz, Supercombo, quais outros artistas e bandas vocês
tiveram a oportunidade de dividir os palcos? Isso de vocês trabalharem com
outras bandas bem conhecidas, agrega muito a vocês?
VINICIUS HASSELMAN: Além dessas, já tocamos
com o Scalene, Far From Alaska, Zimbra, Motorocker e o Dona Cislene, agrega
muito! Não só na parte de público, pois quando tocamos com essas bandas
acabamos atingindo um publico alvo muito maior do que seria com um show local
qualquer.
P: Quando
vocês acham que conseguiram atingir um número grande de público e pensaram
“nossa isso está realmente dando certo”? Tiveram momentos nos quais pensaram em
desistir da carreira musical?
VINICIUS HASSELMAN: A gente brinca que foi no
nosso "primeiro show de verdade" com o Scalene e o Supercombo em
2014, esse show nos deu um norte de quais caminhos trilhar, oque fazer, oque
não fazer, e a partir daí começamos a levar a banda mais a sério.
P: O
último CD de vocês foi o “Médicos de Cuba”, lançado mês passado. Quais os
projetos futuros para a banda? Turnês, shows e apresentações importantes?
VINICIUS HASSELMAN: Então, agora que o CD novo
saiu, estamos mais focados em fazer shows, a gente está trabalhando em cima de
cidades que a gente ainda não foi, e regressar também com o novo disco a
cidades que já passamos. Mas talvez até o fim do ano, se tudo correr bem saia
um novo clipe, estamos terminando o roteiro e as primeiras filmagens começam
mês que vem, e quem sabe uma música em parceria com uma banda parceira nossa.
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