Estive pensando na
páscoa que ocorreu a algumas semanas atrás e a sua simbologia, todos assimilam
páscoa a ovos de chocolate e a coelhinho da páscoa. Sendo que coelho nem bota
"ovo", muito menos de chocolate. E as crianças esperam fielmente que
o famoso coelhinho da páscoa, venha durante a noite ou despercebido deixar um
chocolate em cima da sua cama, depois de tê-lo escrito uma cartinha. O mesmo
acontece no natal, quando dizem que o bom velhinho vai entregar um belo
presente no fim do ano, para as crianças que se comportarem. E no fim elas nem
se comportam tanto assim, mas mentem na cartinha para o papel noel que foi uma
ótima criança e apenar quer um X presente na noite do dia 25 de dezembro.
Tem a fada do dente
também né? Ou vai falar que seus pais ou responsáveis nunca te falaram que
sempre que os seus dentes de leite caíssem, era preciso coloca-los debaixo do
travesseiro ou joga-los em cima do telhado da casa, para que a fada traga uma
moedinha durante a noite, colocando-a debaixo do seu travesseiro, como
recompensa. E o Pinóquio? Com toda
aquela história de que quem mente, cresce o nariz? E olha que todas essas
histórias não se passam de meras mentiras que os pais contam para os filhos,
para tentar tornar mais dinâmico e compreensivo alguns conceitos e datas
comemorativas.
Lá pelos seus 6 ou 7
anos, você percebe que todo esse papo furado de coelhinho, papai noel, fada do
dente e outros personagens, era tudo ficção, não se passavam de mentiras
saudáveis, segundo eles, para que os dias tivessem mais esperanças e brilho,
quando ainda eramos crianças.
E por mais que alguns
achem errado toda essa farsa em cima das crianças, e toda esse capitalismo
existente sobre essas histórias, é perceptível o quanto esses dias eram mágicos
quando ainda eramos crianças e se iludíamos com essas histórias meia boca. Pois
quando a gente cresce, a páscoa é quando vai passar o filme de ressurreição de
cristo nos canais da TV aberta e quando a quaresma termina, para aqueles que
seguem uma determinada religião. Além dos inúmeros chocolates que a gente se
impõe em comprar, sem ao menos entender o motivo.
No Natal, não muda
muito, as coisas são tão sem graças, quanto na data anterior. As pessoas apenas
se reúnem para manter a boa pose e já era. O Pinóquio? Oh céus, quem hoje em
dia não conta uma mentirinha? Que está doente para não ir em tal lugar ou até mesmo
que tem outro compromisso no mesmo dia. Inventa qualquer história para se
livrar de pessoas e situações. E muitas vezes mentem até para si mesmo, como
que segunda-feira você irá começar aquela dieta que tanto fala.
As novas famílias
acham ultrapassado e ridículo inventar essas histórias para as crianças no
século XXI, cuja tecnologia está presente na vida deles desde pequeno. E eu
tenho dó da nova geração de crianças, que certamente não sentirão a mesma magia
de esperar ver o papai noel, coelhinho da pascoa ou a fada dos dentes
escondido, quando for o dia de um deles aparecerem. Nem terão criatividade o
suficiente para poder imaginar como personagens como esse devem ser, já que
eles nunca acreditaram nessas historinhas que tinham tantas emoções por trás.
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