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HELLO|SOBREVIVER OU VIVER NO MUNDO?

HOJE É O DIA QUE É TUDO BEM, SER VOCÊ MESMO

Foi esse carnaval, mais especificamente uma foto da Bruna Marquezine, aquela digníssima atriz da Globo, sabe? Pois então, foi especificamente uma foto dela no carnaval, que me deu o start para escrever esse texto aqui. A atriz global foi fotografada com um micro biquíni curtindo o carnaval. E foi opção dela, sair dessa forma, que inclusive, estava muito bela, diga-se de passagem. Mas parece que até ela não agrada a todos, os comentários nas redes sociais foram os seguintes: “Se até a Bruna Marquezine, que é rica, tem os peitos caídos, imagina os meus”.
Agora eu paro para uma reflexão: Só por ela ser rica, necessariamente ela precisa colocar silicone e ter os peitos duros? Ela simplesmente não pode ser e se sentir bela, da forma que ela quiser? E para ser bonita, é necessário ter os peitos durinhos?



Essa pressão por beleza e estética não é de hoje, não é de ontem, e nem do ano passado. Ela existe há muitos e muitos anos. Mas eu e inúmeras outras mulheres tem total propriedade para falar sobre isso. Inúmeras delas, e eu inclusive, cresci em uma família que precisa usar vestido, saia, sapatilha, usar maquiagem e todos os acessórios para se provar como mulher. Eu ouvia de pessoas próximas quando usava uma blusa de banda, um tênis, ou qualquer roupa que fosse mais do meu estilo, que eu estava “igual homem”. Eu não me sinto bem de salto, nem de vestido, e tento me vestir da forma mais confortável e melhor para o meu dia a dia. Se você é adepta a vestidos, saltos, saia e tudo isso, porque você se sente bem assim, está tudo bem. Mas miga, se você, assim como eu não se sente confortável consigo mesma, usando tudo isso, por favor, tá tudo bem você usar tênis, blusa de banda ou qualquer outro tipo de roupa que você gostar.
Eu cresci ouvindo das minhas irmãs, que era necessário fazer chapinha, deixar o cabelo bem liso e cuidar muito bem dele, afinal ter o cabelo enrolado e bagunçado era sinal de “descuido e/ou desleixo”. E como eu nunca liguei para isso, eu era desleixada. “Nossa, olha esse cabelo, como você sai na rua assim?”, me perguntavam.
E eu já cheguei a me submeter a fazer um procedimento químico no cabelo, por tanta gente dando pitaco sobre ele. E no início eu até gostei, mas era tão superficial, ficavam tão longe do que eu era. E hoje de fato eu me encontrei e sei que meu cabelo é assim, por próprio descuido meu, mas é assim que eu gosto dele e pronto. E eu sinceramente acho lindo e tenho orgulho dessa nova geração de mulheres que vem se descobrindo, e depois de anos realizando a transição capilar, assumindo seu cabelo natural. E miga, tá tudo lindo se você tem cabelo enrolado, crespe, encaracolado, ondulado, liso, ou seja como ele for.
Esmalte e maquiagem era outra coisa importante segundo o cardápio de regras que uma mulher precisa seguir. Quando chega certa idade, é quase que obrigatório você gostar de se maquiar, de pintar as unhas, e saber fazer isso muito bem. E olha, eu não sei quase nada sobre maquiagem, e sempre pintei as unhas do meu jeito, e sigo muito feliz assim até hoje, sem saber muito bem nada relacionado a esse mundo dos cosméticos. E tá tudo bem se você também não souber.
E ser magra para se usar biquíni. Não sei onde está escrito, mas se estiver quero que me mostrem, por favor, quem disse que tem um limite de peso para se usar biquíni. Há tempos atrás eu diria que ninguém tem o corpo perfeito, mas agora eu descobri e digo: todos tem o corpo perfeito, ele é perfeito independente das suas características, e ele tem que se mostrado sim, se você quiser. Miga, tá tudo bem mostrar seu corpo, é cilada esse lance de padrão, todo mundo é gente como a gente.  





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